Justificativa:

 

É de conhecimento de todos que o problema do câncer do colon e reto vem aumentando. Segundo a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira - Hospital Albert Einstein, o caso do câncer de cólon e de reto, o tumor pode levar até 15 anos para se desenvolver e se manifestar e, se a doença for diagnosticada precocemente, o índice de sucesso no tratamento é muito alto.

Segundo o Hospital mencionado, infelizmente, por falta de acesso às campanhas de prevenção ou constrangimento na hora de fazer os exames, o número de pessoas com o diagnóstico da doença em fase avançada tem apresentado crescimento. Uma estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta que são esperados para o ano de 2008 cerca de 30 mil novos casos de câncer de cólon e de reto.

"Esse tipo de tumor é de fácil diagnóstico. O primeiro sinal é o pólipo, que tem aparência de uma pequena verruga na parede do intestino e é uma lesão facilmente tratada. Mas, com o tempo, transforma-se em um câncer invasivo", alerta o Dr. Carlos Dzik, oncologista.

A preocupação em desmistificar o desconforto e ressaltar a importância dos exames preventivos resultou na campanha "Don't blush, look before you flush" no Reino Unido. Em outras palavras, o simples fato de olhar as fezes antes de dar a descarga e perceber se há sangue pode denunciar que algo está errado, coisa que se poderia divulgar em campanhas.

A precisão do diagnóstico é encontrada em exames como a colonoscopia que, embora seja utilizada para detectar um possível problema no cólon, também pode verificar o reto, localizado no fim do intestino grosso. O exame, além de localizar o pólipo ou tumor, pode retirá-lo, no mesmo momento, para biópsia.

O paciente também pode se valer de um simples exame alternativo, que é a pesquisa de sangue oculto nas fezes.

O câncer de reto pode ser percebido mais facilmente com o exame de toque, mas há também os exames radiológicos com contraste, como o bário - em que é possível levantar suspeitas acerca do tumor. Ainda assim, seria necessário submeter-se à colonoscopia, devido à sua exatidão.

O indicado é que a pessoa, a partir dos 50 anos, se submeta aos exames de rotina. Se não houver nada de suspeito, o paciente passa por novos exames, apenas depois de dez anos. Além disso, informação importante para divulgar é que o paciente que tem familiares com câncer de cólon ou de reto deve repetir o exame a cada três ou cinco anos, mesmo que os anteriores não tenham detectado nada de errado.

O paciente com câncer no reto também recebe quimioterapia complementar se houver risco de o tumor voltar. Razão pela qual tem grande importância a política pública para acompanhamentos dos casos da doença.  

Todas as informações sobre exames, acima comentada, quando divulgadas, acarretará na diminuição da mistificação que existe em torno dos exames do colon e reto. Mais que a realização dos exames, as pessoas podem ser informadas da necessidade de adotar hábitos saudáveis e ganhar mais um aliado na hora de evitar o câncer. "Se toda a população do mundo comesse em grande quantidade hortaliças, frutas e vegetais frescos teríamos 30% menos tumores. No caso dos cânceres de intestino, reduzir o consumo de gordura animal também é um fator preventivo", explica o oncologista.

No caso do câncer de cólon, o diagnóstico precoce, razão do presente projeto de lei, está diretamente ligado à cura. Esse tumor é uma pequena úlcera em determinada parte do intestino. Durante a cirurgia, o especialista, além de retirar o tumor, secciona também os linfonodos - uma espécie de íngua -, que drenam tudo o que circula no intestino e, portanto, podem drenar as células cancerígenas. Caso os gânglios contenham células cancerígenas, também é recomendada quimioterapia complementar por cerca de seis meses, na tentativa de reduzir as chances da disseminação da doença.

O mês escolhido foi março porque já existe nesta data o mês internacional de conscientização sobre o câncer do intestino.

Estando assim justificado o presente projeto de lei, contamos com o apoio dos Nobres Pares para sua aprovação.